Segundo encontro - "Gênero, raça e classe". Dia 27 de abril de 2019


    O encontro iniciou com uma dinâmica de apresentação que tinha como objetivo promover a integração. As presentes se dividiram em duplas através do critério da não proximidade e em trios, uma ficou responsável por apresentar a outra. Momentos como esse são de extrema relevância para criação de vínculos no grupo, uma vez que informações pessoais são compartilhadas e há oportunidade de conversar um pouco mais com quem não se tem muito contato. Izaura conduziu. 

     Para o segundo momento ficou combinado de repassar o vídeo apresentado no primeiro encontro, que trata sobre o que é ser uma Promotora legal Popular, disponível aqui: https://www.youtube.com/watch?v=RC6B859pz8U
Houve um imprevisto na reserva da sala e por conta da falta de projetor, o vídeo não pôde ser reproduzido. Carol então fez um breve resumo sobre o vídeo e explicou como surgiu a ideia de implantar o PLP na UFBA e também sobre a história do Coletivo Madás. Foi pontuado a razão do curso ser voltado apenas para mulheres trabalhadoras, uma vez que o curso está pautado desde sua base nos aspectos feministas e de emancipação da mulher. As mulheres são quem cuidam mais da família e conhecem as dificuldades de sobrevivência. 

     Nesse instante, outros assuntos surgiram como ponte. Um deles foi a reforma da previdência e a curiosidade das trabalhadoras em saber mais sobre o tema. Uma das trabalhadoras disse: "Dói escutar sobre a retirada de direitos", "A população teve a chance nas eleições e não aproveitou", "Quanta gente passando fome, eles querem que a gente morra?", "Vamos virar escravas". Aproveitou-se com isso para reiterar a importância da organização coletiva para o enfrentamento a essa retirada de direitos e como juntas, a resistência se torna mais forte. 

     Houve a entrega dos materiais didáticos, cadernos, lápis, pastas e uma cartilha sobre o histórico de luta das mulheres e logo após a pausa para o lanche. 

     No terceiro momento houve a análise de materiais demonstrativos, notícias de jornais, ilustrações e um poema de Conceição Evaristo. A turma se dividiu em grupos e o objetivo era discutir a implicação das opressões de gênero, raça e classe nessas notícias e também uma análise de como esses marcadores estão presentes e enraizados nos diversos contextos sociais.
Depois da discussão nos pequenos grupos, a discussão foi aberta para  grupo geral e algumas falas chamaram bastante atenção. Uma das notícias era sobre a morte de Mariele e uma percepção foi debatida: "Mariele mexeu em casa de maribondo, ela sabia coisa demais. Se tivesse ficado quieta estaria viva e no congresso agora". Então outra disse: "Mas como a gente vai se defender se ficar calada?". Aproveitamos então para discutir sobre o efeito Mariele, ou seja, como a atuação dela influenciou para que outras injustiças fossem denunciadas e assim, o poder de transformação por meio da luta potencializado. Cada trabalhadora do pequeno grupo ficou responsável por abrir a discussão para o grupo geral. 

    No final do encontro ficou firmado o pacto de convivência, que consiste no compromisso das participantes em comparecer no horário marcado (08-12h) e também as alterações sobre os próximos temas. O próximo encontro será sobre Direito do trabalho e terceirização e as expectativas são grandes, uma vez que esse é o tema de maior manifestação de interesse entre elas. 

    Nos foi revelado que algumas trabalhadoras estavam sem receber Vale trasporte. As dúvidas relativas ao tema e também as reivindicações serão discutidas no próximo encontro, dia 18 de maio.

   



Imagens do encontro realizado na sala 101 da faculdade de direito da UFBA
    







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