2º Encontro de Promotoras Legais Populares UFBA: educação popular e epistemologias
27 DE SETEMBRO, 2025
No nosso segundo encontro do projeto, novas integrantes chegaram para somar, entre elas as estagiárias do Bacharelado em Estudos de Gênero e Diversidade, que irão apoiar o grupo nas próximas etapas da formação.
Com as novas presenças, o encontro começou com um novo ciclo de apresentações, reafirmando o compromisso com a escuta e a horizontalidade.
O que nos formou e o que sonhamos
A professora Camila Tribess conduziu uma dinâmica que provocou o grupo a pensar sobre suas próprias histórias de aprendizado.
Cada uma recebeu uma folha de papel e escreveu respostas para “Como foi a minha educação/ escola?” e “Como seria a minha escola ideal?”
A partir dessas perguntas, surgiram memórias, críticas, afetos e ideais. As falas mostraram o quanto a experiência escolar, para muitas, foi marcada por dificuldades estruturais, silenciamentos e exigência de desempenho normativo escolar. Ao mesmo tempo, revelaram o desejo coletivo de transformar o modo como se ensina e aprende.
Construindo juntas o conceito de Educação Popular
Com base nas trocas o grupo construiu palavras-chave que representavam o ideal de uma educação popular:
Pensamento crítico, pesquisa, inclusão, realidade, acesso para todos, política, conhecimento para a vida, afeto, acolhimento, direitos, território, conexão com a comunidade.
Essa construção conjunta demonstrou nada mais que educação popular é sinônimo de liberdade.
Educação como prática de liberdade
As ideias que emergiram das trocas e das palavras construídas em conjunto remetem ao que Paulo Freire definiu como uma educação libertadora — aquela que nasce do diálogo, do reconhecimento da realidade e da construção coletiva do conhecimento.
A essência do pensamento freiriano atravessa toda a experiência vivida: compreender que ninguém educa sozinho, que ensinar é um ato de troca e escuta, e que a educação só faz sentido quando está ligada à vida, ao território e à comunidade.
Essa reflexão nos lembra que a educação popular é um caminho de liberdade, onde o aprender e o ensinar se entrelaçam com o afeto, o acolhimento e a ação transformadora.
Dessa forma, nosso segundo encontro reafirmou o propósito do projeto, que é fortalecer saberes coletivos, reconhecer experiências e cultivar o pensamento crítico.
A cada partilha, percebemos que aprender é também um ato político e afetuoso, como nos ensinou Paulo Freire — e como seguimos construindo, juntas, a muitas mãos.
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